terça-feira, 5 de junho de 2012

Homenagem a Xangô






Xangô


É o orixá da justiça
Procurando refugiar-se de súbito temporal,

corre por entre a misteriosa mata o desorientado andante.

As nuvens negras, o céu ameaçador incutem naquele ser um sentimento de temor;

Porém, depara-se com uma abertura na rocha,

que lhe servirá de abrigo e proteção.

As belas pontas de cristal,

 que em forma de pingentes, caem do teto,

formam figuras representativas,

a ornamentarem um ambiente fantástico

 e de verdadeiro encantamento:

é a morada do nosso pai Xangô

Diversas são as passagens que levam a ele,

que faz da mais alta pedra seu trono,

 coberto de ametista com reflexos amarelos que,

banhadas pela luz de seus fluídostornam-se mais esplendorosas.

Porém, antes tão deslumbrante

cenário criado pela original natureza,

o andante vê, sentado pacificamente, um ancião forte,

de cabelos ralos e longos, que a neve do tempo branqueou.

De olhar plácido e contemplativo, observa seus filhos a distância,

julgando com justiça seus atos.

Deitado a seus pés, submisso, o mais feroz dos animais: o bravio leão.

É Xangô

 que, enérgico e ao mesmo tempo dócil, justiça espiritualizada, pacificação dos homens, amor no desamor, harmonia entre a desarmonia, nos dá a paz até a ele chegarmos um dia.